Livro escrito por Chico Xavier ditado por Emmanuel que procura demonstrar qual foi e é o papel de Jesus na formação do globo desde o princípio da separação do planeta em sua origem, as experiências físico, químicas e biológicas para formação dos seres até os dias atuais.
A todo o momento, o leitor é levado a reflexão de onde vem a direção do planeta que se mostra onipresente desde a formação dos seres, continentes e até os primeiros agrupamentos terrestres. Mostra que nada foge a lei da justiça e verdade para que sirvamos ao único objetivo que é a nossa evolução através da ajuda de todos os seres.
Inicialmente, depois da gênese planetária, o autor explica sobre o papel dos exilados de capela, que foram espíritos degradados de um planeta mais avançado moralmente, na qual sua formação espiritual já não era mais compatível com as necessidades do orbe. Assim, estes espíritos ajudaram na formação das primeiras sociedades organizadas, explicando ai, as origens de tantos conhecimentos científicos que agora estamos conseguindo comprovar, com destaque à civilização egípcia.
A partir dai, fala sobre os outros grandes povos como os Hindus, a família indo-européia e a China, mostrando que todos eles tem origens semelhantes e muitos, são descendentes dos chamados arianos, quebrando a teoria de exclusão que muitos ainda querem se auto-entitular para provar simplesmente origens moleculares e genéticas diferentes, sendo que a sociedade espiritual da terra é uníssona e que, em cada reencarnação, podemos ocupar corpos e locais diferentes de acordo com nossas necessidades.
Dentro destas sociedades, procura elucidar os grandes erros cometidos destes povos e diz que todos sempre estiveram amparados de ajudas constantes, mas mostrando que nosso livre arbítrio não é tocado nem quando caminhamos para sentido inverso da razão. Explica o por que da ausência de notícias históricas dos europeus, a errada formação de castas com os Hindus, a exclusão milenar da China em relação aos outros povos e a metempsicose no Egito, entre outros pontos.
Terminada a formação das grandes sociedades, o livro começa a falar da formação das primeiras religiões do planeta e também dos precursores enviados à terra para preparação do terreno a vinda de Jesus. O enfoque, é para sempre mostrar que todos estes passos foram dados sobre a supervisão e organização de Jesus, mostrando que apesar dos homens, nos nunca ficamos desamparados seja um acompanhamento individual ou coletivo.
Outro ponto muito interessante, são as explicações sobre a sociedade romana desde a sua formação com os Etruscos, a origem de suas lendas, o seu grande objetivo que fracassou devido ao orgulho e presunção humanos, passando pelo fim desta civilização que não alcançou seus objetivos, chegando enfim a formação inicial do cristianismo, falando sobre o primitivismo desta rica religião que se formara, seus objetivos e a sua deturpação pelos homens nos séculos do porvir.
A partir deste ponto, uma análise é feita exemplificando como plano espiritual lutou por mais de 300 anos para que as origens do Cristianismo fossem preservadas, mas que, com a insistência das forças negativas e da facilidade que com deixávamos nos levar pela ambição, vê se formado o Catolicismo, com grandes e profundas modificações dos primeiros agrupamentos Cristãos. O ouro e as pedras começam a fazer parte de rituais que antes não existiam. Dogmas e santos surgem para atender as diversas culturas pagãs existentes em Roma. O início dos conflitos para ditar quem seriam os lideres das formações religiosas que mais pareciam novos grupamentos sócio-econômicos, através da divisão e distribuição de cargos chegando enfim, ao início do Papado e a nova era da idade média, que procurou, segundo o livro, levar o homem novamente ao trato à terra para que pudesse aprender novos valores, pois a cultura e ciência ficariam paradas naquele momento, esquecidas para que o orgulho e a nossa maldade, nos preservassem de mais problemas.
Ainda, o livro procura elucidar as passagens de João sobre o apocalipse, explicando com detalhes os significados dos números 666 que é uma alusão a época relativa ao papado, que mergulhou a humanidade em uma era de escuridão dos deveres e responsabilidades científicos e até, os meios religiosos com fins da elevação da humanidade.
Entrando à época da idade média, o autor nos dá diversos exemplos de entidades que vieram à terra, desde pessoas simples que trabalharam no anonimato, mas que muito contribuíram fortemente, passando por São Franscisco de Assis até Carlos Magno, que teve uma das maiores missões desta época, no sentido de resgatar valores culturais de verdadeira Roma que se iniciava séculos atrás, além de explicar a passagem de Maomet e quais foram seus erros que implicaram na deturpação da ciência religiosa que ele deveria ter legado à todos, trazendo a tona novamente os puros princípios Cristãos, mas que, novamente, erramos em atribuir em nossas atitudes a ambição e a cobiça. O resumo desta passagem é mostrar que mesmo nossas escolhas, tendo nos levado ao trato a terra como a milênios atrás para melhor tratar de nossa ambição e orgulho, Jesus não nos esquece e procura, através dos melhores meios, sempre trazer a Sua verdade através da personificação e exemplos, assim como foi a vida de São Fransciso de Assis.
Com o início do fim da Idade Média e começo do Renascimento, diversos espíritos são enviados a terra para que permitam uma evolução científica e espiritual maior ainda. No início, devido a forte instituição da Inquisição, que trouxe dolorosas experiências a Humanidade e também é tratado no livro, estas inovações ficam restritas ao campo da arte. Porém, com as reformas que são aplicadas por diversas entidades como o Calvinismo e Protestantismo, elas começam a chegar ao campo religioso e social, inclusive a abertura de novas universidades na Europa. Além disso, o livro cita como as grandes civilizações da posteridade, assim como os espíritos, tiveram suas "reencarnações" culturais. É o caso de Atenas na França, Esparta nos Germanos e dai em diante.
Dentro destas evoluções acima, é destacado o descobrimento da América e a sua respectiva missão, que era levar os espíritos em fases mais evoluídas no âmbito de paz e tranquilidade, no sentido de se evitarem novas guerras para estas localidades, e daí formarem novos exemplos sejam espirituais ou morais no planeta. Nesta época, na Europa, o livro destaca a transição existente no século XVIII e o motivo dos excessos ocorridos nas respectivas revoluções, informando ao homem, mais uma vez, que as mudanças eram necessárias, porém nós trazemos a tona a voracidade da violência e morticínio, capítulo do qual, existe uma explicação com alguns detalhes, sobre os excessos da Revolução Francesa, Napoleão Bonaparte chegando a nova evolução espiritual com o advento de Kardec.
Por fim, o livro chega aos limítrofes do século XX prevendo e descrevendo acontecimentos que iriam acontecer, já que o livro foi escrito no ano de 38, explicando as razões das atrocidades. Depois desta leitura, cada página virada na história de nosso planeta faz muito mais sentido, sejam as mazelas que tivemos que suportar ou as proteções na qual fomos amparados. O Espiritismo prova desta forma, que assim como nosso orbe tem um controle, direção e objetivos na escalada evolução a plenutidade espiritual, nós, seres humanos, temos os mesmos fins, e Jesus é o nosso guia nos informando e exemplificando os meios.
Portanto, quem ler este singelo e muito pobre "post" do livro acima, imaginará que se trata de uma barça ou enciclopédia , porém o livro é extremamente pequeno, sucinto e, ao mesmo tempo, incrivelmente rico em detalhes e não deixa dúvidas como somos e estamos sendo guiados, mesmo a nossa revelia por um grande Mestre, que jamais no esquece, nos ignora mesmo quando o tratamos de forma maldosa, usando de suas palavras de forma negativa, pegando seus exemplos para nos desculpar de nossas falhas, ou mesmo, maltratar nossos semelhantes. Diversos outros livros que quero abordar mais a frente, são extensões desta maravilhosa obra, que serve de apoio para que qualquer um de qualquer credo que tenha um senso de curiosidade, ou mesmo, queira entender melhor Jesus e sua Obra, possa se maravilhar e se "apequenar" ainda mais, através deste Cristo que cada vez mais, exemplifica antes de falar, sobre o tamanho da sua Magnitude.
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